quinta-feira, 1 de maio de 2014

Bombinhas - parte 1

É difícil acreditar que tanta coisa engraçada pudesse acontecer em uma única viagem, mas quando os 4 Patetas se reuniam os anjos protetores trabalhavam dobrado - ou também tiravam férias, vai saber?! Vou mudar temporariamente a regra dos causos e dividir a história em diversas partes, além de colocar os nomes verdadeiros. Merecemos o registro dessa aventura.

Tudo começou ainda antes da viagem propriamente dita, com o Du anunciando que estava doente, foi ao médico e a recomendação expressa do doutor era "repouso absoluto e nada de viagem". Como assim, na véspera da nossa viagem de 1 semana e 770km entre Amparo/SP e Bombinhas/SC ? De jeito nenhum, não podemos ter uma deserção tão importante, e tão em cima da hora. Compra os medicamentos, as injeções, arruma as malas e vamos embora que pior do que está não vai ficar!

Os patetas que moravam em Amparo (Du, André e Paiva) seguiram de F1000 até Sorocaba e se encontraram com o pateta faltante, dividindo a tropa no Monza do Fernando e batendo ponto na Padaria Real, como era "tradição" desde a viagem do ano anterior (leia o causo Estrada Esburacada).


Era uma viagem de umas 10 horas, mas três coisas fizeram a gente se atrasar muito mais que o planejado: um congestionamento na BR-116, as paradas para o André aplicar injeção no Du e uma chuva torrencial que caiu quando estávamos em algum lugar depois de Joinville.


As paradas para aplicar injeção eram as mais engraçadas. O André era dentista, tinha experiência com seringas, agulhas e remédios, mas na primeira parada ele se atrapalhou todo com o álcool, o esparadrapo e as demais traquitanas espalhadas pela porta traseira da caminhonete e deixou a seringa espetada no braço do Du enquanto procurava um algodão novo para passar depois da injeção. Quem passava pela estrada e via aquele grupo de jovens parado no acostamento, um com uma seringa espetada no braço e dois se acabando de dar risada à toda, tinha a certeza que éramos todos drogados. Não sei como não fomos presos pela polícia rodoviária!

Mas o pior ainda estava por vir. Escureceu e começou a chover forte. Resolvemos estacionar na beira da estrada para esperar a chuva diminuir um pouco, mas ficamos com o rádio e a lanterna da caminhonete ligados. É claro que a bateria foi pro saco. A primeira ideia foi empurrar. Mas quem consegue empurrar uma F1000 carregada de roupa, comida e cerveja para 4 caras, por 1 semana? Sem chance.

A segunda ideia foi um pouco pior. Encostar o Monza no lado e fazer uma "chupeta". O Du, doente e com febre, não sabia se segurava o guarda-chuva para manter o motor do carro seco, enquanto colocávamos os cabos, ou se protegia a si próprio. Mais uma triste descoberta: o motor de um carro de passeio não é suficiente para dar a partida numa F1000 diesel. Muito pelo contrário, quando o Paiva encostou na chave da F1000, quase que o Monza também fica sem bateria. Por um instante vimos toda a energia dele se esvair, mas ainda sobreviveu, por pouco.

A terceira ideia foi voltar para a primeira. Fernando, André e Du (coitado !) conseguiram empurrar cerca de 3 metros e o Paiva deu um único "tranco" certeiro: pegou!

Com aquela movimentação toda, algumas pessoas foram se aglomerando na frente do estabelecimento comercial onde ocupávamos o estacionamento, para assistir a cena. Achávamos que ninguém tinha se oferecido para ajudar por causa da chuva, que continuava forte, mas depois que fizemos os carros funcionarem e conseguimos iluminar melhor a fachada, descobrimos que o motivo mais forte era outro: estávamos na frente de uma.... ããã... um puteiro!

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